UM JUDEU E UM CALVINISTA - DIÁLOGO
Élder: Saudações. Sou um goy de confissão reformada. Um calvinista inclusivo. Espero que lhe seja útil e me seja útil, especialmente ao HaShem no grupo Mazal. Convidei-o. Shalom!
http://www.facebook.com/groups/257058474387534/
Rabino: Este grupo Mazal trata de quais assuntos?
Desculpe em lhe perguntar...
Élder: Essencialmente de teologia, exegese, hermenêutica...
Não é fundamentalista, mas aceita os fundamentalistas...
Todos são acolhidos...
ok
A exegese bíblica, propriamente dita, só começa em finais do século XV, com o judeu português Isaac Abravanel (1437-1508). O Humanismo, com a exigência de crítica textual e regresso às fontes, a Reforma, com a Bíblia como única autoridade, e o Concílio de Trento, tentando responder a esses desafios, resultaram numa espécie de explosão de exegese científica cristã no século XVI. Estudam-se a fundo as três línguas bíblicas: hebraico, aramaico e grego.
muito bom!!
Um judeu Sisnando Davides está na origem
da formação do meu país, Portugal.
és português?
Na qualidade de governante de Coimbra, soube desenvolver uma semi-independência das Beiras que pode ter contribuído para a futura formação de Portugal. Sim sou português, meu caro chaver.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sesnando_Davides
Para a exegese bíblica, a viragem para o século XVII, apesar de pujante, já não tinha o fulgor da exegese quinhentista portuguesa. A culpa só não vai toda para o mal interpretado decreto conciliar de Trento, que impunha a Vulgata, por coincidir com o declínio político e cultural português. Em todo o caso, esfuma-se ou desaparece o apego ao original hebraico e às reflexões dos rabinos, para regressar à Vulgata e aos comentários dos Padres da Igreja.
entendi
A exegese crítica centra toda a sua atenção no texto bíblico, procurando o seu sentido, por meio de um estudo segundo as regras da crítica textual, da filologia e da história. Tem por única autoridade a razão.
Os pioneiros da exegese crítica não duvidavam que a Bíblia fosse expressão da Palavra de Deus, mas acreditavam também que ela tomou a forma de palavras plenamente humanas, único acesso à Palavra Divina. A situação só mudou no decurso dos últimos anos. Reconhecida como um elemento do património cultural da humanidade, a Bíblia tornou-se objecto de estudo mesmo no quadro de instituições e por parte de pessoas que se situam fora de qualquer horizonte religioso.
Esta exegese é acusada, com frequência, de cavar um "abismo" entre os seus resultados e as exigências da vida cristã, provocando uma "distanciação objectivante" (Gadamer). Para Francolino Gonçalves, esta distanciação pertence à própria natureza da exegese histórico-crítica. Estuda os textos bíblicos como estudaria qualquer outro texto antigo, sem olhar para o estatuto religioso que os cristãos, os judeus e mesmo os muçulmanos lhe reconhecem. O exegeta cristão, ou judeu, usando um grande número de disciplinas, põe, provisoriamente, entre parêntesis a sua fé e deve tomar o máximo de precauções para não projectar as suas próprias ideias sobre o texto e para as não confundir com a Palavra de Deus.
Esta é, no entanto, para o exegeta cristão, apenas a primeira etapa. Deve ser seguida de uma segunda que consiste na apropriação do sentido dos textos e na sua actualização. Esta é a função da hermenêutica. Ao fazê-lo, o hermeneuta cristão fará obra de teólogo e de pastor.
E aqui entra o judaísmo nas suas inúmeras vertentes.
- TUDO O PROVOQUE O ATO DE APREENDER...
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