🩸 O TABU DO INTERDITO JUDAICO DO SANGUE NO CONTEXTO CRISTÃO DAS IGREJAS NÃO MESSIÂNICAS 🩸
https://biblehub.com/commentaries/ellicott/acts/15.htm
“To lay upon you no greater burden than these necessary things.—The words throw light upon the message addressed to the Church of Thyatira, “I will put upon you no other burden” (Revelation 2:24). Looking to the prominence in the Epistles to the Seven Churches of the two points of fornication and eating things sacrificed to idols, there can scarcely be the shadow of a doubt that we have in those words a distinct reference to the decree of the Council of Jerusalem. The letter does not say why these things were necessary, and the term was probably chosen as covering alike the views of those who held, like the Pharisee Christians, that they were binding on the Church for ever, and those who, like St. Paul, held that they were necessary only for the time, and as a measure of wise expediency.”
https://biblehub.com/commentaries/gsb/acts/15.htm
https://cavrt.blogspot.com/2021/03/o-tabu-do-sangue-nas-igrejas-nao.html?m=0
INTRODUÇÃO - Uma identificação última com a essência fundamental das igrejas ou espiritualidades não significa, de modo nenhum, que estejamos de acordo com todas e cada uma das coisas que se fazem nelas.
O renomado teólogo cristão católico K. Rahner* escreve:
"O autêntico dogma nas Igrejas constitui algo que me obriga absolutamente. Como cristão e como teólogo, com certa ansiedade de espírito e coração, devo perguntar-me - com não pouca frequência - qual é o verdadeiro sentido de uma afirmação que o Magistério das Igrejas mantêm como dogma, para lhe dar o meu assentimento de modo honesto e tranquilo.
Ao longo da minha vida nunca senti que isto fosse impossível. Em relação a estes dogmas, dei-me conta, claramente, que só podem ser bem entendidos quando se torna patente o seu sentido na linha da abertura ao mistério apofático de D’us, sabendo, por outro lado, que foram formulados em condicionamentos históricos determinados.
Estes dogmas encontram-se inevitavelmente numa espécie de amálgama que, de facto, não pertence ao conteúdo da declaração dogmática e que pode mesma o levar a que esse conteúdo seja mal interpretado. Isto acontece também porque esses dogmas estão formulados como regulações linguísticas que, para serem fiéis à realidade a que aludem, não deveriam permanecer sempre iguais, nem com as mesmas palavras com que foram formulados.
As coisas são diferentes quando se trata deste ou daquele ensino mantido pelo magistério como oficial, apresentado como vinculante, mesmo que não tenha sido 'definido'. Julgo que, por exemplo, nem a argumentação básica nem a autoridade de ensino das Igrejas a que, de facto, se recorre oferecem um fundamento convincente e obrigatório para aceitar a discutida doutrina católica de Paulo VI na 'Humanas Vitae'. O mesmo se diga acerca da declaração feita pela Congregação cristã Católica da Doutrina da Fé que pretende excluir, por princípio, a ordenação de mulheres, como algo a aplicar em todos os tempos e culturas" (cf. "Scriften" XIV, 1980 AD).
* Foi um sacerdote cristão católico jesuíta de origem germânica e um dos mais influentes teólogos do século XX. Para muitos especialistas, a sua teologia marca a entrada da Igreja Católica na modernidade.
••• Vejamos, pois, um dos dogmas à luz da exegese e hermenêutica:
SELEÇÃO DE LINK E TEMA DOGMÁTICO SOBRE JUDAÍSMO E CRISTIANISMO :
SUGIRO O TABU DO #SANGUE:
Nota de rodapé "u" na TEB, Bíblia Tradução Ecuménica:
Atos dos Apóstolos 15:29:
"Variante ocidental: ...de abster-se das contaminações da idolatria, da imoralidade e do sangue (homicídio), e não fazer a outrem o que não quereriam que os outros lhes fizessem (algumas testemunhas omitem "da imoralidade") [...] A ausência da "carne asfixiada" e a presença da "regra de ouro" final (conferir Mateus 7:12) convidam a situar as interdições num plano não ritual [...], mas moral: a "imoralidade" teria então um sentido muito geral e o "sangue" designaria o homicídio"
http://www.cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/124/o-concilio-de-jerusalem-e-os-quatro-decretos-apostolicos.html👇
"Os decretos quanto à carne sufocada e o sangue são alvo de controvérsia contemporânea. No primeiro século estes decretos serviram para apaziguar os cristãos e nos nossos dias são objeto de intenso e acalorado debate. O sangue é considerado, na Tôrah e, consequentemente, no Tanach, como sendo a VIDA (Dt 12.23). O sangue de animais era requerido por Deus no Pacto mosaico para fazer a expiação do pecado (Lv 17.11). Deste modo, a chamada Tôrah cerimonial exigia que os judeus valorizassem o sacrifício e não banalizassem o sangue (Lv. 17.14). Esta prática, evidentemente, não era comum entre os goyim ou pagãos (gentios). Por isso, estas regras eram o mínimo que se pedia dos gentios, para não escandalizarem os judeus cristãos.
Segundo o teólogo Moody, este regulamento foi divulgado entre as igrejas ou congregações dos goyim não como meio de salvação, mas como base de comunhão [1].
Para evitar os escândalos e manter a comunhão entre cristãos judeus e os goyim (gentios), Shaul ou Paulo recomendava seguir a consciência, ou seja, comer carne sem nada perguntar (1Co 10.27-28). Mas, se alguém fosse avisado que se tratava de carne sacrificada aos ídolos deveria se abster de comer por causa da consciência do outro (1Co 10.29-30). A carta paulina sintetiza: “quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus” (1Co 10.31, 32). Segundo este princípio paulino, o crente que quiser abster-se de sangue e de carne sacrificada ou sufocada deve fazê-lo para glória de Deus e não para se considerar superior ou mais espiritual que os outros.
Para concluir, afirmamos que idolatria e imoralidade integram os mandamentos teologicamente chamados de lei moral e permanecem em vigor (estes decretos são indiscutíveis), carne sufocada e sangue integram o que se convencionou integrar a lei cerimonial (estes são anteriores à Tôrah e do seu tempo formal no contexto sacrificial mosaico e alvo de discussão atual). Os que discordam não podem comer qualquer coisa com sangue (carne "mal passada", carne ao molho pardo e “chouriço”, por exemplo). Quem entende diferente, absolve a consciência e não vê mal em comer. Porém, é consenso nas duas correntes que não se deve beber o sangue. Acerca do resultado deste concílio, Williams escreveu: “ao pesar os dois princípios, o da liberdade e o da obediência. O resultado foi o triunfo do amor” [2]. E no parecer de Paulo: "Por isso se a comida escandalizar ao meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize" (1Co 8.13).
Qual o seu parecer?
Ministro e Professor Protestante - Reverendo Douglas Roberto de Almeida Baptista
[1] Moody, D.L. Atos dos Apóstolos. Comentário Bíblico, p. 75.
[2] Williams, David J. Atos. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo, p.267"
Mais sobre o sangue:
http://corior.blogspot.pt/2006/02/sangue-atos-1529-e-os-cristos.html
[Mais:
O texto supra foi baseado, corrigido, atualizado neste link 👇
https://cavrt.blogspot.com/search/label/Cristianismo%20versus%20Juda%C3%ADsmo?m=0]
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